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Nion Albernaz

15/04/1930

06/09/2017

Nion Albernaz nasceu em Goiás Velho, então capital do estado de Goiás, no dia 15 de abril de 1930, filho de Nicanor Garcez Albernaz e de Ondina de Bastos Albernaz.

Formou-se em economia pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em 1954, e em engenharia civil pela Universidade Católica de Goiás em 1959. Em 1957 elegeu-se vereador em Goiânia na legenda do Partido Trabalhista Nacional (PTN), e tão logo tomou posse assumiu a presidência da Câmara Municipal, cargo que exerceu até a conclusão do mandato, no início de 1962. Foi diretor-geral da UFG de 1963 a 1966, acumulando a partir de 1965 as funções de diretor de cultura da mesma instituição.

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Nion Albernaz

Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado no país em abril de 1964. Afastando-se da universidade, foi nomeado secretário municipal de Fazenda na gestão de Íris Resende na prefeitura de Goiânia (1966-1969). Deixou a pasta em 1968, retornando ao magistério pelos dez anos seguintes. Em 1979 voltou a ocupar a Secretaria Municipal de Fazenda, além de tornar-se presidente da Companhia de Habitação de Goiânia.

Com o fim do bipartidarismo em novembro de 1979, e a consequente reorganização partidária, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), sucessor do MDB. De 1983 a 1985, por indicação do então governador Íris Resende, foi o último prefeito nomeado de Goiânia antes das eleições diretas, tendo realizado uma administração popular, responsável pelo asfaltamento de vários bairros da capital.

Em novembro de 1986 concorreu a uma cadeira de deputado federal constituinte na legenda do PMDB. Obtendo mais de cem mil votos, foi o candidato mais votado do estado. Tomou posse em fevereiro de 1987, e durante os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte foi titular da Subcomissão de Tributos, Participação e Distribuição das Receitas, da Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças, e suplente na Subcomissão dos Estados, da Comissão da Organização do Estado. Nas principais votações, votou a favor do rompimento de relações diplomáticas com países que praticassem políticas de discriminação racial; da soberania popular; do presidencialismo; do voto facultativo aos 16 anos; do mandato de cinco anos para o então presidente José Sarney; do mandado de segurança coletivo; da unicidade sindical; do turno ininterrupto de seis horas; do aviso prévio proporcional; da nacionalização do subsolo; do limite de 12% ao ano para os juros reais; da proibição do comércio de sangue, e da legalização do jogo do bicho. Votou contra a pena de morte; a limitação do direito de propriedade; a estatização do sistema financeiro e a limitação dos encargos da dívida externa; a jornada semanal de 40 horas; a anistia aos micro e pequenos empresários; a criação de um fundo de apoio à reforma agrária, e a desapropriação da propriedade privada.

Em novembro de 1988 disputou a prefeitura de Goiânia na legenda PMDB. Vitorioso, renunciou ao mandato de deputado federal para ser empossado em janeiro de 1989. Sua eleição provocou duas mudanças na bancada do partido na Câmara: o suplente Iturival Nascimento, já no exercício do mandato devido à licença do deputado Fernando Cunha para ocupar uma secretaria no governo de Goiás, passou a titular, levando o segundo suplente, Genésio Vieira de Barros, a assumir o mandato.

Deixou a prefeitura em dezembro de 1992, sem conseguir eleger o sucessor. Transferindo-se para o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em 1994, no pleito de outubro concorreu sem sucesso a uma vaga no Senado Federal. Em outubro de 1996 disputou mais uma vez a prefeitura de Goiânia na legenda do PSDB, sendo alvo de ataques do seu principal oponente, José Luís Bittencourt, do PMDB, que o acusou de firmar alianças com o Partido da Frente Liberal (PFL), agremiação à qual pertenciam políticos ultraconservadores como o ex-presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Ronaldo Caiado, e o ex-governador Ari Valadão (1979-1983). Vitorioso no segundo turno, assumiu pela terceira vez o cargo de prefeito, em 1º de janeiro de 1997.

Em encontro realizado em maio de 1997 no Congresso Nacional, com a presença de 29 prefeitos, votou contra a prorrogação do Fundo de Estabilização Fiscal (FEF). Pesquisa do Datafolha realizada em 16 de novembro do mesmo ano mostrou que Nion Albernaz alcançava então 51 % de aprovação em sua gestão na prefeitura de Goiânia. Em outubro de 2000 recusou-se a tentar a reeleição e apoiou a candidatura de Pedro Wilson Guimarães, do Partido dos Trabalhadores (PT), que venceu as eleições com 55,77% dos votos.

Em 2007 tornou-se presidente de honra do PSDB de Goiás.

Casado com Geralda Goiazira Borges Pinto Albernaz, teve quatro filhos.

Sua biografia

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