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Fazenda dos Pinheiros

Descubra a essência da Fazenda dos Pinheiros, onde cada canto guarda histórias de amor, trabalho e superação, eternizadas pela família Cabral Campos. Aqui, as memórias dançam nas brisas suaves que percorrem os campos, lembrando-nos de um legado de união e resiliência. Cada árvore, cada trilha, ecoa os risos das crianças que um dia brincaram sob o sol, enquanto os mais velhos compartilhavam suas sabedorias. Venha se conectar com o passado e sentir a alma vibrante deste lugar que é, ao mesmo tempo, um lar e um testemunho da força de uma família que nunca deixou de acreditar nos seus sonhos.

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Sua Biografia

Um Tesouro de Memórias e Amor

A Fazenda dos Pinheiros, localizada em Dores do Turvo - MG, não é apenas um pedaço de terra; é um lar repleto de histórias, risos e lembranças que transcendem gerações. Adquirida por Antônio da Silveira Campos, o carinhosamente apelidado Tunico, e sua amada esposa Maria da Soledade, a Dona Mimi, em 1941, a fazenda rapidamente se tornou um ponto central para a família Cabral Campos. Ao longo dos anos, ela floresceu como um verdadeiro santuário de amor e trabalho duro.

Os Primeiros Anos

A chegada da família à Fazenda dos Pinheiros foi um marco. Com mais de 12 carros de bois, eles se mudaram, trazendo consigo sonhos e esperanças. As crianças, maravilhadas com a beleza do lugar, se lançaram em aventuras pelas matas e plantações. Porém, para os adultos, o desafio estava apenas começando. As terras exigiam cultivo, dedicação e a força coletiva da família. Juntos, eles enfrentaram as dificuldades do campo, plantando café, milho e cuidando do gado, construindo assim um legado de trabalho árduo e união.

Momentos Inesquecíveis

Com o passar dos anos, a Fazenda dos Pinheiros se transformou em um cenário de muitos momentos marcantes. Desde as festas de colheita, onde risadas e músicas ecoavam pelo ar, até os desafios enfrentados, cada acontecimento moldou a identidade da família. Os filhos cresceram, se casaram, e novos laços foram formados, mas a fazenda sempre permaneceu como o coração pulsante da família.
Um dos episódios mais significativos foi a força de Dona Mimi, que, mesmo diante das adversidades, sempre trouxe esperança e amor. Sua fé e resiliência tornaram-se o alicerce para todos, e seu legado perdura na vida de cada membro da família.

A Nova Geração

Hoje, a Fazenda dos Pinheiros é dirigida por Juninho Cabral ( Joaquim Jr. ) e a sua esposa Susana, eles carregam consigo o espírito e a determinação dos antepassados. Juninho juntamente com a irmã Raquel mantém as tradições familiares, mas também traz uma nova visão, adaptando a fazenda às exigências contemporâneas. Raquel tem se esforçado para preservar as memórias e a história que moldaram a Fazenda, garantindo que cada canto continue a contar a história da família Cabral Campos.
Sob a liderança dessa nova geração a fazenda não só prospera, mas também se transforma em um local de encontro para a família, onde novas gerações podem aprender sobre suas raízes e o valor do trabalho em equipe. A paixão do Juninho pela terra, pelos cavalos e pela família é palpável e ele herdou do seu pai e seu mestre, tendo seus exemplos como inspiração.


Um Legado Que Perdura

A Fazenda dos Pinheiros é, portanto, um testemunho do amor, da luta e da união da Família Cabral Campos. É um espaço onde as memórias se entrelaçam com o presente, onde os risos infantis ecoam nas mesmas trilhas que um dia foram percorridas pelos fundadores da fazenda. Cada geração traz uma nova camada a essa história, e, sob os cuidados de Raquel, a Fazenda continuará a florescer como um símbolo da força e da resiliência da família.
Que as futuras gerações, ao caminharem por esses campos, sintam a presença dos que vieram antes e que nunca deixaram de acreditar no poder do amor e da união. A Fazenda dos Pinheiros, com suas histórias e memórias, é um verdadeiro tesouro que nos lembra de que o tempo leva tudo, mas a memória traz tudo de volta.



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Joaquim Campos Cabral: Um Legado de Terra e Fé

Nasceu sob o céu claro de Minas, em 31 de maio de 1931, na Fazenda Morro da Cangalha, no município de Silveirânia. Filho de Antônio da Silveira Campos e Maria da Soledade Cabral Campos, Joaquim Campos Cabral trouxe da infância os ensinamentos da terra e da fé, essa última um presente de sua mãe, devota e cristã.
De mãos calejadas, mas firmes, Joaquim desenhou sua história sobre o solo mineiro. Com poucos anos de escola – o segundo ano primário foi o bastante –, foi nas estradas de Minas que aprendeu suas maiores lições. Como tropeiro, conduzia gado pelos caminhos de poeira e pedra, conhecendo o país pelos passos dos animais que ele guiava. O comércio de gado foi sua arte, e nas negociações de animais, Joaquim mostrou o que é ser honesto e hábil, fazendo da simplicidade sua maior riqueza.
Em 31 de maio de 1954, uniu-se a Isercila de Souza, uma companheira com quem compartilhou a vida e o nascimento de oito filhos: Luiz Antônio, Isercila de Fátima, Rafael Marcos, Lúcia Amélia, Maria do Carmo, Virgínia, Raquel e Joaquim Jr. Cada filho carregava o reflexo de seu pai – o amor pelo campo, pela família, e pelos valores que só quem vive da terra pode entender. Mais tarde, os 22 netos e 21 bisnetos tornaram sua família ainda maior, povoando seu coração e sua vida com a alegria de gerações.
Foi na década de 60 que a vida o levou a Governador Valadares, onde os filhos mais novos, Raquel e Joaquim Jr., vieram ao mundo. Lá, continuou o trabalho incansável com gado até que a Fazenda Balança, em Campanário, se tornou seu novo lar. Na Balança, o dia começava cedo, mas as tardes guardavam algo de especial: ao final do trabalho, ele se sentava com seus filhos e, com a voz firme, narrava histórias e cantava músicas do Padre Zezinho. Era assim que ele falava do mundo: com palavras simples, mas carregadas de amor.
Mas a vida, como a natureza, também traz tempestades. Em 1977, após um divórcio, Joaquim seguiu com parte dos filhos para o Pará, carregando no peito a mesma fé que sempre o moveu. Foi lá que recomeçou, como tantas outras vezes, sem perder a leveza e a paciência que o definiam. Em março de 1982, casou-se com Terezinha Mendes e retornou ao interior mineiro, fixando-se na Fazenda Barreiro, em Itambacuri.
Foi nessa nova fase de sua vida que seu coração acolhedor expandiu-se ainda mais. Ele, que já tinha as mãos habituadas a cuidar da terra e dos animais, agora se dedicava às crianças em situação de vulnerabilidade. Para cada criança acolhida, oferecia mais do que abrigo: oferecia o calor de uma família, a sabedoria de quem vive da terra e o ensinamento de amar os animais. Cavalos, que sempre foram sua paixão, tornaram-se ferramenta de esperança para essas crianças. Ele as ensinava a montar, a cuidar, a respeitar. Mas, acima de tudo, ensinava o que é ter alguém que acredita nelas.
Seu trabalho social foi reconhecido. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais honrou sua trajetória com a Medalha Desembargador Hélio Costa. A Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (FAEMG) concedeu-lhe a Medalha do Mérito Rural, uma justa homenagem a quem dedicou a vida à terra e aos que dela precisavam.
Mas Joaquim nunca buscou medalhas. Sua vida foi marcada pela calma, pela paciência, pela honestidade. Quem o conheceu, sabe que ele era homem de poucas palavras, mas de muitos gestos. Preferia a quietude do campo ao barulho das cidades, e foi assim, na simplicidade da fazenda, que viveu seus dias – até aquele 23 de março de 2019, quando partiu silenciosamente, como quem cumpriu seu dever e sabe que agora é tempo de descanso.
Joaquim Campos Cabral deixou mais do que uma história. Ele deixou um exemplo. Um legado de fé, trabalho e, acima de tudo, de amor. Para os filhos, os netos, os bisnetos e as muitas crianças que passaram por sua vida, ele será sempre a lembrança de um homem simples, mas imenso em generosidade.

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