O jeitinho tímido, calmo e prestativo é característico desse afabeguiano que há 11 anos colabora na gestão da Afabeg. Nasceu em Goiânia, mas foi ainda bebê para a cidade de Goiás, onde viveu até os 16 anos. As lembranças desse período, conta, remetem às brincadeiras nas ruas, aos banhos no Rio Vermelho e ao passeio, a pé, com a família a uma chácara de amigos, aos domingos, para tomar caldo de cana de engenho. De lá também as lembranças do tempo de estudante: o primário no Grupo Escolar Constâncio Gomes e o ginásio no Liceu de Goiás. Logo após concluir o ginásio, em 1964, veio para Goiânia, para dar sequência aos estudos e trabalhar. Foi, segundo ele, um período de muita dificuldade. Morava em um barracão no centro, com duas irmãs e dois irmãos e precisava começar a trabalhar para ajudar nas despesas. Aos 16 anos, pensava ele, era enfrentar as dificuldades e sacrifícios em Goiânia ou voltar para Goiás e interromper os sonhos de uma vida melhor.
O primeiro emprego aconteceu na Secretaria de Administração do Estado de Goiás, como contínuo, com carga horária de 6 horas e meio salário mínimo de remuneração. A noite cursava o científico de medicina no Lyceu de Goiânia. Sua história no BEG teve início em maio de 1967, quando começou a trabalhar, como auxiliar contratado, após aprovação em concurso público.
No mesmo período iniciou a faculdade de Ciências Contábeis na Universidade Católica de Goiás. Sua trajetória no Banco passou pela Creagri (Carteira de Crédito Agrícola), onde foi lotado ao ser contratado, pelo Departamento Financeiro, Copel, onde cumpriu um ano de mandato, e Departamento de Controle. Dos 29 anos de serviços prestados ao BEG, 16 foram na Carteira de Crédito Rural, onde exerceu as funções de Procurador, Chefe de Divisão e Chefe de Departamento. Aposentou-se em janeiro de 1996. 'Foram 29 anos de muita dedicação ao Banco, sem faltas ou atestados', diz.
As lembranças vão aflorando e Benedito conta, saudoso, dos 'suarê (soirée), palavra usada para definir as noites dançantes, com som mecânico, que aconteciam uma vez no mês no salão do 8° andar do edifício da matriz, onde funcionava, na época, a Asbeg. Nessa época, exercia o cargo de Diretor Social da Asbeg. Foi lá, disse, que conheceu Sueli (com ele na foto), que alguns anos depois se tornaria sua esposa. Eles se casaram em 15 de julho de 1978.
Em 2002 assumiu a Diretoria Financeira da Afabeg, e de lá pra cá dedica boa parte do seu tempo para cuidar do patrimônio da Entidade e atender os afabeguianos que procuram a Associação para uma orientação financeira ou sobre assuntos ligados à aposentadoria.
Filho de Joaquim e Rita, tem oito irmãos, dos quais sete residem em Goiânia e um em Faina. Revela que é caseiro e muito dedicado à família e que mantém uma casa na cidade de Goiás, onde se refugia com a esposa Sueli e o filho Alexandre nos finais de semana, feriados e férias.
Além disso, não abro mão da atividade física, essencial, segundo ele, para manter uma vida saudável.
'Hoje somos mais de 900 ex-beguianos na Afabeg e muitos deles fazem ou fizeram parte da minha história. Tenho um grande carinho por todos e o meu recado é que cada um cuide bem de si mesmo, faça atividade física e invista na sua qualidade de vida. Cabe a nós buscar e praticar aquilo que nos dá felicidade.